O corredor emana vida, emana som!
O burburinho entra pelas paredes
Penetra até nos fantasmas que vagam atônitos
Quase sem entender
São tantas vozes
Tantas histórias e estórias
Contadas às pressas
Contadas às costas
Os fantasmas nos observam
Por um leve momento noturno
Suas dores se dissipam
Assim como suas saudades
Por um instante se enchem de vida
Essas tábuas tão antigas
rangem por caminhadas pesadas
Talvez outrora só sentissem
pés descalços
Mais tarde, daqui alguns anos;
Talvez nós
Envoltos em panos
Brancos
Também vagaremos
E atônitos nos surpreenderemos
Não com os risos
Mas com o silêncio
De apenas máquinas deslizando
Por sobre essas mesmas tábuas
Nenhum comentário:
Postar um comentário